O grego Samaris passou a ser reforço do Benfica. Quem? Pois é. Quase ninguém o conhece, mas muita gente já tem opinião negativa: ou porque é muito caro, muito arriscado, muito alto, muito baixo, muito gordo, muito feio, etc. É só escolher. Para uma franja dos sócios e adeptos, o Benfica é como a filha encalhada, em que, à vista dos pais, nunca nenhum homem é bom o suficiente para a desposar. Para outros quantos, é mesmo o ódio de estimação. Na prática, todos eles dizem mal, mas por motivações diferentes.
A piada disto tudo é que, durante toda a pré-época (aka silly season) o nome do Internacional Grego nunca foi aventado nos escaparates dos jornaleiros ou mesmo nas conversas de café dos blogs encarnados. Não me recordo de uma fotozita em rodapé sequer. Nestes dois meses, apareceram dezenas de Samaris, mas nunca este. A notícia foi revelada -e em apenas um jornal- já o homem devia estar dentro do avião para Lisboa. E porquê? Estava ali à mão. Não foi descoberto debaixo de uma pedra, quer dizer, o homem esteve no mundial, jogou e até marcou um golo, por amor da santa!
Não, o problema foi que o Benfica definiu os seus alvos e aprendeu com os erros passados. Usou dessa experiência e desviou sempre as atenções do(s) verdadeiro(s) objectivo(s), confundindo tanto o rival do norte que está cheio de dinheiro para comprar jogadores bem como toda a comunicação social, que andou entretida a fazer capas mas que não acertou uma sequer em relação ao trinco. O Presidente até disse que não ia comprar ninguém acima dos €8M, metendo tudo à procura do tal jogador abaixo desse valor. Well played, LFV, well played.
E este é o primeiro coelho, a paulada bem dada na tola da comunicação social, totalmente adestrada, manietada e controlada pela máfia de Palermo.
O segundo? Bom, um clube que está falido, que não tem nenhum banco por trás para dar garantias reais para negócios volumosos, como pode adquirir o passe de um jogador por €10M? É, como pode?
Os argumentadeiros dos programas da praxe futebolistica, os pseudo-economistas à lá Relvas, os arautos da desgraça apocalíptica levam também com a tal paulada, bem assente entre os olhos.
Dói não dói? Mete vaselina.
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