É de facto deveras curioso. Merece ser
caso de estudo, porque só pode ser um fenómeno. Contraria toda a lógica
comercial, mas é algo que todos os dias vemos: tratar da pior forma um produto
que custou tanto dinheiro obter. O mercado futebolístico Português deve ser o
único em que, quem detém os seus direitos de propriedade/transmissão, denigre o
seu mercado e potencial público alvo.
Não estou tanto a falar dos Jornais
desportivos porque considero que estão num nível inferior nesta malapata. Também têm que fazer
pela vida e eles bem sabem que o que vende são as polémicas, o criar e acicatar
divergências, promover a confusão. À lá Casa dos Segredos, no fundo. Do nível
da Cátia Palhinha, basicamente. Temos os jornais que merecemos, pois está
claro.
A pasquinagem, como vive da publicidade e
não paga pelos direitos de utilizar a imagem dos clubes, utiliza esta
estratégia, tão boa como outra qualquer. Chupam
bem na teta da vaca que lhes dá o dinheiro para pagar as continhas e como sabem
que é o Benfica que lhes trás os cliques... prestam-se a ser desonestos
porque eles bem sabem que dos honestos não reza a história.
Agora os canais televisivos...
A ver ser percebo bem: compram os direitos
televisivos para a transmissão dos jogos do nosso Glorioso, pagam uma pipa de
massa para transformar esse produto em receitas publicitárias que dependem da
quantidade de pessoas que está a ver esse jogo a dada hora, e o que fazem? Afastam o público com comentários
enviesados, rebaixam e tomam como estúpidos os adeptos do Benfica e pavoneiam
as suas "crenças religiosas" com comentadores avençados nos programas
de análise pós-jogo. Análise essa que mais não é do que esmiuçar ad nauseam o possível penalti a meio campo
contra o Glorioso, como se mostrando 347 vezes o mesmo lance, mudando a
perspectiva e a velocidade da repetição fosse gerar um buraco negro onde
surgisse um universo paralelo que fosse de encontro ao seus (deles) desejos. Ao menos podiam ser inteligentes e
tentar disfarçar, irra.
Como isto contraria qualquer teoria de
Microeconomia conhecida de livre mercado concorrencial, a explicação passa a
ser simples: estamos na presença daquilo que é denominado de "falha de
mercado". O mercado não
se "auto-regula" porque existem forças presentes que têm tal força,
que o conseguem desvirtuar, não o permitindo chegar a um ponto de equilíbrio per si. Nessa altura, terá
que surgir uma regulação exterior, para que se consiga suplantar este efeito.
Ora, o problema está aqui. Essa força externa, como se tem visto, não existe (até os tribunais estão sob o seu jugo...). Como o maldito
polvo azulado é difícil de extinguir porque tem imensa força nas suas ventosas
e consegue escapulir-se por buraquinhos que nunca pensariamos ser possível, vai
mantendo os seus braços onde lhe convém, conseguindo manietar, de forma
titereira, o panorama audiovisual desportivo. E este ano tem apertado com
força... não larga a perna, o Polvo!
Não, parece que nem que a vaca tussa mudam de ideologia, sempre a dizer mal
do Benfica. Ou será Teologia? Imaginarão o Titereiro-mor como alguma divindade?
Ou será algo mais mundano, que envolva algum "Papa" de pechisbeque
que, quando for desta para melhor, não haverá ETAR suficientemente grande para aguentar
tanta trampa que virá à tona?
"A história do presente é contada no
futuro". Nessa
altura, a verdade será como o azeite e grande parte da história irá e terá que
ser reescrita.