quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Vaca do Dinheiro - Chupar a teta que mais dá



É de facto deveras curioso. Merece ser caso de estudo, porque só pode ser um fenómeno. Contraria toda a lógica comercial, mas é algo que todos os dias vemos: tratar da pior forma um produto que custou tanto dinheiro obter. O mercado futebolístico Português deve ser o único em que, quem detém os seus direitos de propriedade/transmissão, denigre o seu mercado e potencial público alvo.

Não estou tanto a falar dos Jornais desportivos porque considero que estão num nível inferior nesta malapata. Também têm que fazer pela vida e eles bem sabem que o que vende são as polémicas, o criar e acicatar divergências, promover a confusão. À lá Casa dos Segredos, no fundo. Do nível da Cátia Palhinha, basicamente. Temos os jornais que merecemos, pois está claro.

A pasquinagem, como vive da publicidade e não paga pelos direitos de utilizar a imagem dos clubes, utiliza esta estratégia, tão boa como outra qualquer. Chupam bem na teta da vaca que lhes dá o dinheiro para pagar as continhas e como sabem que é o Benfica que lhes trás os cliques... prestam-se a ser desonestos porque eles bem sabem que dos honestos não reza a história.

Agora os canais televisivos... 

A ver ser percebo bem: compram os direitos televisivos para a transmissão dos jogos do nosso Glorioso, pagam uma pipa de massa para transformar esse produto em receitas publicitárias que dependem da quantidade de pessoas que está a ver esse jogo a dada hora, e o que fazem? Afastam o público com comentários enviesados, rebaixam e tomam como estúpidos os adeptos do Benfica e pavoneiam as suas "crenças religiosas" com comentadores avençados nos programas de análise pós-jogo. Análise essa que mais não é do que esmiuçar ad nauseam o possível penalti a meio campo contra o Glorioso, como se mostrando 347 vezes o mesmo lance, mudando a perspectiva e a velocidade da repetição fosse gerar um buraco negro onde surgisse um universo paralelo que fosse de encontro ao seus (deles) desejos. Ao menos podiam ser inteligentes e tentar disfarçar, irra.

Como isto contraria qualquer teoria de Microeconomia conhecida de livre mercado concorrencial, a explicação passa a ser simples: estamos na presença daquilo que é denominado de "falha de mercado". O mercado não se "auto-regula" porque existem forças presentes que têm tal força, que o conseguem desvirtuar, não o permitindo chegar a um ponto de equilíbrio per si. Nessa altura, terá que surgir uma regulação exterior, para que se consiga suplantar este efeito.

Ora, o problema está aqui. Essa força externa, como se tem visto, não existe (até os tribunais estão sob o seu jugo...). Como o maldito polvo azulado é difícil de extinguir porque tem imensa força nas suas ventosas e consegue escapulir-se por buraquinhos que nunca pensariamos ser possível, vai mantendo os seus braços onde lhe convém, conseguindo manietar, de forma titereira, o panorama audiovisual desportivo. E este ano tem apertado com força... não larga a perna, o Polvo!

Não, parece que nem que a vaca tussa mudam de ideologia, sempre a dizer mal do Benfica. Ou será Teologia? Imaginarão o Titereiro-mor como alguma divindade? Ou será algo mais mundano, que envolva algum "Papa" de pechisbeque que, quando for desta para melhor,  não haverá ETAR suficientemente grande para aguentar tanta trampa que virá à tona?

"A história do presente é contada no futuro". Nessa altura, a verdade será como o azeite e grande parte da história irá e terá que ser reescrita.

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